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REDE VERDADE : RADIO REGIONAL 615

segunda-feira, 12 de novembro de 2012


PALAVRAS

Você já pensou sobre a força das palavras? Na força negativa e positiva? Sim, afinal, as palavras podem libertar e oprimir, alegrar e entristecer, fazer viver e fazer morrer, aliviar e angustiar, rir e chorar, incentivar e esmorecer, amar e odiar e assim tantas coisas mais.

Estava pensando sobre estas coisas e, coincidentemente, encontrei um texto da escritora Lya Luft. Ela, entre outras coisas, afirma que a palavra faz parte da nossa essência: com ela, nos acercamos do outro, nos entregamos ou nos negamos, apaziguamos, ferimos e matamos. Com a palavra, liquidamos negócios, amores.
tudo é criado apartir das palavras!
com a palavra DEUS CRIOU O MUNDO.

Uma palavra confere o nome ao filho que nasce e animais que recebeu de presente ou armas de destruição. “Vá”, “Venha”, “Fique”, “Eu vou”, “Eu não sei”, “Eu quero, mas não posso”, “Eu não sou capaz”, “Sim, eu mereço” - dessa forma, marcamos as nossas escolhas. Viemos ao mundo para dar nomes às coisas: dessa forma nos tornamos senhores delas ou servos delas.

Palavras podem ofender mais do que a realidade:

  • Você aquela vez disse que eu...
  • De jeito nenhum, eu jamais imaginei, nem de longe, dizer uma coisa dessas...
  • Mas você disse...
  • Nunca! Tenho certeza absoluta!

Vivemos nesses enganos, nesses desencontros, nesse desperdício de felicidade e afeto.

O MODO DE DIZER

Além do conteúdo das palavras, existe a forma de como elas são ditas. Muitas vezes queremos falar uma coisa, mas a forma ou a nossa expressão acaba nos traindo.  Vou contar uma pequena história, enviada por um amigo , para demonstrar como as palavras e o modo de expressá-las são importantes em nossa vida:

Havia certa vez uma jovem muito bonita que tinha dois pretendentes: um deles era reservado e mais calado e o outro era muito extrovertido e brincalhão. Este último sempre falava das belezas da moça e de quanto ele a queria para todos que encontrava na cidade, de modo que ela se tornara muito conhecida. Por fim, um dia, a jovem se casou. Com quem? Com o jovem reservado que não ficava falando dela para todo mundo.

Na saída da igreja perguntaram ao vaidoso:

- O que aconteceu? Não dizias que ela era tão bonita e formidável...
Ao que o jovem falou:
- O problema é que enquanto eu falava
PARA ela, o outro falava COM ela.

Você percebeu como ocorre o diálogo? Por que as palavras bonitas não bastam? Qual foi o ingrediente que colocou força nas palavras? Qual foi o segredo da boa comunicação, o número de palavras? Com certeza, não! Um dos segredos do saber falar, é falar com a vida, com paixão, com os olhos, com os gestos, com o silêncio, com a alma.

Quantas vezes você já escutou pessoas falarem: - É, falou bonito, mas falou sem vida. Ou: - Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço. Infelizmente, esta é a realidade de grande parte das palavras que nós ouvimos diariamente.

O MOMENTO CERTO

Há muitos assistia a um programa de shows musicais quando o apresentador interrompeu o programa para anunciar a morte de uma pessoa daquela cidade. Assim que acabou de noticiar a morte , falou o seu jargão pessoal: - Mas que beleza!

É importante prestar atenção e ter “presença de espírito” para sabermos falar a palavra certa no momento certo e do modo certo. Muitos casais falam besteiras em momentos de raiva e acabam dificultando ainda mais o relacionamento.

Há ainda outra situação: quando a palavra mais forte é o silêncio. Quantas vezes falamos demais, falamos besteiras, falamos o que não sabemos, falamos para a pessoa errada, no momento errado e da forma errada. Com absoluta certeza, escutar e silenciar são artes que precisamos aprender e exercitar.

No entanto, nem sempre podemos silenciar. Existem momentos em que a nossa palavra é importante. Uma amiga certa vez me confidenciou que sentia uma grande necessidade de falar com o marido, pois havia se ofendido por uma atitude dele. Ficou acordada até às 5 horas da manhã, quando conseguiu ter a coragem para acordar o marido e abrir seu coração. Depois de uma conversa de uma hora, estava na hora de levantar para ir ao trabalho, mas o coração estava aliviado.

Vou citar outro exemplo, já bastante conhecido, do casal de idosos. Durante 35 anos o marido dormiu do lado esquerdo da cama e a esposa do lado direito. Certo dia os dois estavam conversando e a esposa falou: - Nestes 35 anos em que estamos dormindo juntos, preferiria ter dormido do outro lado da cama. O marido respondeu: - Engraçado, eu também prefiro dormir do outro lado. Por que não conversamos isso antes?

AS PALAVRAS NO RELACIONAMENTO

Quando duas pessoas se amam, qualquer mínimo detalhe é importante para o outro. No amor, as coisas mais simples são as mais importantes, e uma das coisas mais simples é a amizade. Amar significa ser amigos íntimos. Um namoro ou casamento sem amizade não é namoro ou casamento. É uma convivência entre dois seres estranhos para ir administrando a vida.

Maria Helena Matarazzo, escritora, afirma que conversar gostoso sobre as coisas do dia-a-dia é fundamental no relacionamento. Falar sobre o que você fez hoje, o telefonema da sua mãe, a política, o trabalho, os acontecimentos diários faz parte de um bom relacionamento.

Também é bom conversar com o companheiro sobre aquilo que a gente não fala para mais ninguém: nossos ataques de fúria, nossos medos. Isso permite que cada um vá descobrindo o outro e se descobrindo. Nesse momento, o mais importante não são as coisas práticas, mas o que sentimos ou vivenciamos. São essas trocas que aprofundam o amor.

PARA REFLETIR

1. Quais são as palavras que mais saem da sua boca?
São palavras de amor, de irritação, palavras ditas só por falar, palavras que apoiaram, ridicularizaram...2. Como você transmite as palavras?
 Com humildade ou com arrogância?3. Por que as palavras são importantes para o relacionamento?

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Amor e Justiça

Amor e Justiça
                                                                                                                                                                       



Houve, séculos atrás, uma tribo cujo chefe era tido como superior aos chefes
de todas as demais tribos.

Naquela época, a superioridade era medida pela força física. Assim, a tribo
mais poderosa era a que tinha o chefe mais forte.

Mas o chefe de que estamos falando não tinha somente força física. Ele era
também conhecido por sua sabedoria.

Desejando que o povo vivesse em segurança, ele criou leis abrangendo todos os aspectos da vida tribal.

Eram leis severas que ele, como juiz imparcial, fazia cumprir com rigor.

Certa feita, problemas começaram acontecer na tribo. Alguém estava cometendo pequenos furtos.

O chefe reuniu a tribo e com tristeza no olhar, frisou que as leis tinham
sido feitas para os proteger, para os ajudar. Como todos tinham o de que
necessitavam para viver, não havia necessidade de ocorrerem furtos. Assim,
ele estabeleceu que o responsável teria o castigo habitual aumentado de 10
para 20 chibatadas.

Os furtos, entretanto, continuaram. Ele voltou a reunir o grupo e aumentou o
castigo para 30 chibatadas.

Mas os furtos não cessaram.

"Por favor", pediu o chefe. "estou suplicando. Para o bem de vocês, os
furtos precisam parar. Eles estão causando sofrimento entre nós."

E aumentou o castigo para 40 chibatadas.

Naquele dia, os que estavam próximos dele, viram que uma lágrima escorreu
pela sua face, quando ele dispersou o grupo.

Finalmente, um homem veio dizer que tinha identificado o autor dos furtos. A
notícia se espalhou e todos se reuniram para ver quem era.

Um murmúrio de espanto percorreu a pequena multidão, quando a pessoa foi trazida por dois guardas. A face do chefe empalideceu de susto e sofrimento.

Era sua mãe. Uma senhora idosa e frágil.

"E agora?" Pensou o povo em voz alta. Todos começaram a se questionar se o chefe seria, ainda assim, imparcial.


Será que ele faria cumprir a lei? Seria o amor por sua mãe capaz de o impedir de cumprir o que ele mesmo estabelecera?

Notava-se a luta íntima do chefe que, por fim, falou:

"Meu amado povo. Faço isso pela nossa segurança e pela nossa paz. As 40
chibatadas devem ser aplicadas, porque o sofrimento que este delito nos
causou foi grande demais."

Acenou com a cabeça e os guardas fizeram sua mãe dar um passo à frente.

Um deles retirou o manto dela, deixando à mostra as costas ossudas e
arqueadas. O carrasco, armado de chicote, se aproximou e começou a
desenrolar o seu instrumento de punição.

Nesse momento, o chefe deu um passo à frente. Retirou o seu manto e todos
puderam ver seus ombros largos, bronzeados e firmes.

Com muito carinho, ele passou os braços ao redor de sua querida mãe,
protegendo-a, por inteiro, com o próprio corpo.

Ele encostou o seu rosto ao da mãe e misturou as suas com as lágrimas dela.

Murmurou-lhe algo ao ouvido e então, fez um sinal afirmativo para o
encarregado.

O homem se aproximou e desferiu, nos ombros fortes e vigorosos do chefe da tribo uma chibatada, após outra, até completar exatamente 40.

Foi um momento inesquecível para toda a tribo que aprendeu, naquele dia,
como se podem harmonizar com perfeição, o amor e a justiça.


***
O amor é vida, e a compaixão manifesta-lhe a grandeza e o significado.

O amor tudo pode e tudo vence, encontrando soluções para as situações mais difíceis e controvertidas.

Enfim, o amor existe com a finalidade exclusiva de tornar feliz quem o
cultiva, enriquecendo àqueles aos quais se dirige.



Autor Desconhecido